sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Lembrando o dia de hoje, 7 de dezembro 1943 CONSAGRAÇÃO- SIM DE CHIARA




Duomo di Trento - Foto di netnichollsO Jornal "Vita Trentina" pediu a Chiara Lubich este artigo, que foi publicado por ocasião dos sessenta anos da sua consagração a Deus.
No dia 7 de dezembro comemora-se o nascimento do Movimento dos Focolares em Trento, a minha amadíssima cidade natal.
Qual é o meu estado de espírito? O que trago em meu coração nesta circunstância especial? Uma onda de comoção, se paro para refletir naquilo que vejo na minha frente: um novo povo que nasceu do Evangelho, que se difundiu nos quatro cantos da terra, uma obra imensa que nenhuma força humana teria a capacidade de construir. É, de fato, uma “obra de Deus” e eu fui a primeira a ser escolhida como seu instrumento, sempre “inútil e infiel”.
E um hino de gratidão a Deus pelo que, com todas as minhas irmãs e irmãos, eu pude ver, experimentar, construir, conduzir até a meta atual com a sua ajuda.
Um obrigada profundo e sincero por tudo, meu Deus!
Obrigada, acima de tudo, por me teres feito nascer na tua Igreja, filha de Deus;
por me teres alimentado diariamente com a Eucaristia;
por teres constelado a minha vida, desde a infância, com presságios do divino carisma que depositaste em mim para muitos;
por me teres feito experimentar as verdades do Evangelho e as suas promessas, que se realizam sempre;
por me teres doado a alegria do “cêntuplo” em todos os sentidos;
por me teres revelado como segredo da unidade o teu Filho crucificado e abandonado;
por teres permitido certos sofrimentos que me conduziram a uma mais profunda união contigo;
por me teres doado uma novíssima espiritualidade, pessoal e comunitária ao mesmo tempo, de grande atualidade;
por teres aberto o meu coração e o de todos os focolarinos para a humanidade, para os outros cristãos, para os fiéis de outras religiões, para as pessoas de boa vontade que ainda não são tuas;
pelo paternal amor dos teus Vigários na Terra, sobretudo de Paulo VI e João Paulo II, e pelas bênçãos que deram à nossa Obra por anos e anos;
por me teres abençoado com uma vida longa;
por teres perdoado os meus pecados.
Obrigada pela oportunidade que me deste de, na minha específica missão, ajudar a Igreja a atuar o Testamento do teu Filho: “Que todos sejam um” e de preparar para ti amplas porções de fraternidade universal vivida.
Obrigada, obrigada. Louvor e glória a ti.
Chiara Lubich

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Palavra de Vida de Dezembro: «A quantos O receberam, (…) deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1, 12).


Esta é a grande novidade que Jesus anunciou e ofereceu à humanidade: a filiação divina. Tornar-se filhos de Deus mediante a graça.
Mas como e a quem é dada esta graça? «A quantos O receberam» e a quantos O hão de receber ao longo dos séculos. É preciso recebê-Lo na fé e no amor, acreditando em Jesus como nosso Salvador.
Mas tentemos compreender mais profundamente o que significa ser filhos de Deus.
Basta observar Jesus, o Filho de Deus, e a sua relação com o Pai: Jesus invocava o seu Pai como no “Pai-Nosso”. Para ele o Pai era “Abbá”, ou seja, o paizinho, o papai, a quem se dirigia com tons de infinita confidência e de extremo amor.
Mas, já que tinha vindo à Terra por nossa causa, não se limitou a estar só Ele nessa condição privilegiada. Ao morrer por nós, redimindo-nos, tornou-nos filhos de Deus, seus irmãos e suas irmãs, e deu-nos, também a nós, mediante o Espírito Santo, a possibilidade de sermos introduzidos no seio da Trindade. De maneira que também nós podemos usar essa Sua divina invocação: «Abbá, Pai!» (2), ou seja, “papai, meu paizinho”, nosso paizinho, com tudo o que isso representa: certeza da sua proteção, segurança, abandono no seu amor, consolações divinas, força, ardor. O ardor que nasce no coração de quem tem a certeza de ser amado.
«A quantos O receberam, (…) deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus».
Aquilo que nos une a Cristo e nos faz ser, com Ele, filhos no Filho é o batismo e a vida da graça que recebemos com o batismo.
Nesta passagem do Evangelho está também referido o dinamismo profundo desta “filiação”, que se deve atuar dia após dia. Com efeito, é necessário «tornar-se filhos de Deus».
Tornamo-nos, crescemos como filhos de Deus, quando correspondemos à Sua oferta, vivendo a Sua vontade, que está toda concentrada no mandamento do amor: amor a Deus e amor ao próximo.
Receber Jesus significa, pois, reconhecê-Lo em todos os nossos próximos. E também eles poderão ter a oportunidade de reconhecer Jesus e de acreditar n’Ele se, no amor que lhes demonstrarmos, descobrirem uma parcela, uma centelha do amor infinito do Pai.
«A quantos O receberam, (…) deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus».
Neste mês, em que recordamos, de modo especial, o nascimento de Jesus nesta Terra, procuremos aceitar-nos reciprocamente, vendo e servindo o próprio Cristo uns nos outros.
E então uma corrente de amor recíproco, de conhecimento e de vida, como a que liga o Filho ao Pai no Espírito, se instaurará também entre nós e o Pai, e sentiremos aflorar sempre e de novo nos nossos lábios a invocação de Jesus: «Abbá, Pai».
Chiara Lubich

 1) Escrita em 1998; publicada em Città Nuova, 1998/22, p. 37; 2) Mc 14, 36 – Rm 8, 15.

Palavra de Vida retirado do Site http://focolares.org.br/sitenacional/2012/12/02/palavra-de-vidadezembro-2012/

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